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DEA MATRONA: Mãe tríplice é a deusa mãe dos celtas. É representada como três mulheres, cada uma segurando um objecto diferente, como um cão, um peixe e um cesto. O número três era considerado um número sagrado para os celtas, daí as figuras triplas ou deuses de três cabeças. A Lua (a Senhora do Destino) é a grande trindade feminina de Donzela, Deusa Mãe e Anciã. A fase da lua mais importante na religião celta é a lua cheia, que é quando eles rezam á sua Deusa para os proteger de todos os males que existem.

SUCELLUS: Às vezes descrito como o rei dos deuses, indicativo de seus poderes de proteção e provisão. Sucellus representa a fertilidade e carrega um grande martelo de cabo longo. O seu nome significava O que Bate Bem. Ele usava o martelo para bater na terra, acordando as plantas e anunciando o início da primavera.

Fontes bibliográficas:

The World of The Druids - Miranda J. Green, 1997 

Arte Comentada - da Pré-História ao Pós-ModernoCarol Strickland,

Brumas do Tempo - Rowena A. Seneween, 2011. Templodeavalon.com

Antigamente, as ciganas costumavam ser consideradas bruxas. Em 1427 o bispo de Paris mandou excomungar todos os parisienses que tinham consultado as ciganas.

 

Bruxas, ciganos, magia...

 

A cidade de Évora, Património Mundial da Unesco, que alberga uma das ruínas Romanas mais bem preservadas de Portugal,  ficou conhecida tanto por ser o local onde a força da Inquisição se fez mais presente como por ser uma terra consagrada ao sobrenatural e à feitiçaria. No século XVII, os ciganos já haviam se espalhado por todos os países da Europa e deles seguiram para colônias na América e na África. Sempre que se fala de Évora, se remete à lembrança da Bruxa de Évora, mas o que muitos não tem conhecimento sobre esta localidade portuguesa, é que nos tempos, ou melhor, nos primórdios evorianos, em que viveu a bruxa, 80% da população era cigana.

 

Évora é cidade contadora de histórias. As ruas revelam uma monumentalidade construída ao longo de milhares de anos por diferentes civilizações que ali foram chegando desde a antiguidade. Para os celtas, foi Ebora.

 

 

Os Celtas começaram a chegar na Península Ibérica, ainda na chamada Idade do Ferro entre os séculos VII e IV antes de Cristo [anos 700 a 400 a.C.] e iniciaram a ocupação do Alentejo [onde localizam-se distrito e cidade de Évora. Foi essa magia primitiva que, aos poucos, transformou-se na Bruxaria da península Ibérica, resultado da interação com saberes de outras nações: romanos pagãos, Mouros (muçulmanos, Sarracenos) e os ciganos.

 

Em Portugal, o maior megalítico até agora conhecido situa-se e é o mais importante elemento do notável conjunto de construções megalíticas da região de Évora. Admitindo-se que a sua edificação ocorreu na transição do século IV para o século III a.C., o que coincide com uma das fases de evolução de Stonehenge, é razoável aceitar que os respectivos povos tivessem alguma relação, pelo menos cultural. (Máximo Ferreira, in revista Super Interessante. Adaptado).

Trocando informações de magia, os ciganos evorianos, aprenderam muito com esse povo ali existente, nos deixando um legado de artes mágicas, que passa de geração a geração entre nós.

 

E esta comunhão se deu de forma tão natural, entre ciganos e bruxos, também por serem excluídos da sociedade portuguesa na época, em que se temia os feiticeiros, os ciganos e os bruxos, ainda que, portugueses, nobres ou não, escondidos pelos recantos de Évora, procuravam-nos nas tardes amenas, para encomendar trabalhos, magias e bruxarias, a fim de resolver de forma mística os seus problemas.

 

Como parte de sua cultura, ainda, os ciganos costumam festejar todos os ritos de passagem: nascimento, morte, casamento e aniversário. Fazem uso em grande escala de chás e ervas, para tratamento de saúde e purificação espiritual.Percebe-se então, que a crença espiritual dos ciganos assemelha-se com a Arte ou Antiga Religião, dos druidas, da cultura Celta.

 

A partir disso podemos nos atrever a dizer que houve uma influência muito importante desses povos, ciganos e celtas, nas culturas européias modernas, especialmente em países como Espanha, Portugal, Irlanda e Inglaterra. Outros pontos em comum dessas duas culturas é o ritual à “grande madrinha”. Os ciganos reverenciam a Lua Cheia, como maior símbolo de ligação com o Universo.

 

 

Quem foram os druidas?

 

Para falar de Druidismo, iremos passear por diversas culturas em todo o mundo, seriam necessários vários livros para abranger tão fascinante história. James MacKillop, autoridade mundial em assuntos irlandeses, define os druidas como “uma ordem de sacerdotes-filósofos da sociedade céltica  pré-cristã”. De acordo com as fontes clássicas (gregos e romanos), os Druidas eram filósofos, teólogos, médicos, videntes, profetas, magos e poetas. Exerciam suprema autoridade sobre assuntos religiosos, judiciais e legislativos,  e educavam jovens e aspirantes à sua ordem. Estudavam, entre outras coisas, astronomia e ciências naturais, e o aprendizado levava cerca de 19 anos.  Não pagavam impostos, e embora não fossem obrigados a ir à guerra, em várias ocasiões se envolveram em rebeliões e levantes contra os romanos, que viam os Druidas como um empecilho para a conquista romana das terras célticas. Daí a necessidade, por parte de escritores como Júlio César, de denegrir a imagem dos celtas como “bárbaros” e “cruéis”.

 

A lua foi reverenciada, simbolizando a Grande Deusa. A magia que nos chegou dos druidas foi pouca, entretanto, ficou restrita a alguns guardiões da Tradição. A mais conhecida delas é a alquimia vegetal. Das plantas, os druidas preparavam elixires, chás, misturas que conferiam principalmente saúde ou os preparavam para estados de transe que permitiam aumentar o nível de consciência. Das árvores eles também aumentavam a força e o vigor, abraçando-as. Sem dúvida o visco, extraído do carvalho, é o mais importante, pois curava a infertilidade dos animais e era um antídoto contra todos os venenos. Para recolher o visco havia um grande cerimonial druídico sempre seguindo as influências lunares.

 

Etimologicamente a palavra druida deriva do galo dru-(u)id, tendo o sentido de: “dono da ciência” ou “muito sábio”. Os galos eram um povo pertencente ao tronco celta localizado principalmente onde se encontra atualmente França, Bélgica e Luxemburgo, perto do ano de 1000 a.C.

 

O historiador romano Plínio o Velho, entretanto, relacionou etimologicamente a voz druida com o nome grego drãj 'carvalho', certamente pela importância que nos cultos religiosos druídicos tinham esta e outras árvores.

 

A iniciação de um sacerdote druida durava aproximadamente vinte anos. O Druidismo é um caminho espiritual de natureza pagã, todo druida é um pagão.

 

O termo pagão tem origem no vocábulo latino paganus, que era usado para designar alguém que nasce no pagus (o campo, a Natureza). Somente na Idade Média, que o paganismo foi relegado às sombras com o domínio da Igreja Católica e a criação da Inquisição, cujo objetivo era eliminar de vez as antigas crenças.

 

Os druidas oficiavam seus cultos no Nemeton, que em gaulês significa lugar sagrado. O nome em irlandês "Nemed" corresponde ao gaulês para santuário ou sagrado. O Nemeton na floresta era o santuário dos druidas - O Bosque Sagrado - e os círculos de pedras eram conhecidos como Cromlech.

Há evidências de alguns videntes célticos que entravam em transe e conseguiam prever eventos futuros e traduzi-los, com sabedoria, ao consulente. Interpretavam o vôo dos pássaros, dialogavam com o Espírito que segundo eles habitavam o Carvalho, árvore que consideravam sagrada, possuíam em alto grau a faculdade de curar, como o atestam muitos historiadores, por conta disso, sua medicina magnética tornou-se tão célebre, que de todas as partes do mundo, muitos os vinham consultar.

 

Isto é reforçado pelos traços mais marcantes da espiritualidade dos druidas: uma profunda integração com o meio ambiente; a percepção de que a Natureza é viva; o reconhecimento dos espíritos de todas as coisas; e a crença de que esse espírito é imortal.

 

Muitos desses elementos são encontrados em tradições xamânicas ao redor do planeta, nas mais diferentes culturas. Como escreve Leslie Jones em Druid, Shaman, Priest, "se existiram xamãs na sociedade celta, estes eram os druidas."

Os celtas

OS CELTAS – “O grande poder dos celtas era, e ainda é, o mito.” Assim o historiador, poeta e folclorista Jean Markale define o que sabemos sobre os celtas. Os celtas não eram um povo, mas muitos povos que habitaram a Europa central e as Ilhas Britânicas a partir do século X a.C. Eram fisicamente diferentes uns dos outros, viveram momentos históricos diferentes (os gauleses, por exemplo, foram massacrados por Júlio César no século I a.C.; na Irlanda, os gaélicos chegaram a conhecer o cristianismo na Idade Média) e tinham atividades econômicas e de subsistência variados, conforme a região: agricultura, pecuária, pesca, e até caça e coleta de alimentos. Muitas tribos tinham conflitos históricos e rivalidades, muitas vezes exploradas por povos invasores. Mas, apesar de diferentes entre si, os celtas possuíam muita coisa em comum: parentesco lingüístico, estruturas políticas e religiosas, mitologia, arte, enfim tudo o que se costuma chamar “a cultura celta”.

Quando uma tribo atingia um número determinado de habitantes, ela se dividia. Uma parte para outro lugar a fim de organizar uma nova aldeia, seguindo o sinal que era fornecido pelas aves totêmicas, até chegarem às novas terras. Eles eram organizados política e socialmente em tribos independentes que, ao longo dos anos, foram se espalhando pela Europa.

Os celtas não eram reencarnacionistas do mesmo modo que são os espíritas ou hinduístas. Para os celtas, a alma era imortal e podia viver muitas vidas, sim, mas não havia o conceito de carma, recompensas ou punições.

 

Para os celtas não havia um julgamento e nem uma ênfase na necessidade de fazer reparações ao reencarnar. A ênfase era em passar por novas experiências e o impulso da alma não era o dever imposto por um carma, mas sim o desejo e a necessidade natural de reviver até entrar em sintonia com o mundo dos deuses - lugar perfeito em si.

 

O cotidiano celta era repleto de uma magia natural, que acontecia através da forma com que observavam o mundo. Para os celtas, os mundos físico e espiritual eram um único mundo; não havia separação entre o natural e o sobrenatural. Eles enalteciam o universo natural, reconheciam seu valor na sua energia. A sua mitologia e religião estavam centraliza, representando o amor, a morte, a sexualidade e a fertilidade.

 

Outra coisa muito bonita e importante nos ensinamentos celtas é o valor que eles davam à amizade, coisa rara nas sociedades modernas em que as pessoas sempre se esquivam das outras, por medo de serem “sugadas”. Para esse povo, uma amizade ultrapassava qualquer fronteira, qualquer plano. Existe a expressão gaélica que retrata muito o valor que davam à amizade, "anam cara" (amigo da alma), que O’Donohue retratou de uma forma encantadora em sua obra.

 

O conceito de amizade deu aos celtas a ideia de companherismo, solidariedade, fidelidade, amizade profunda e especial. Além de seus conceitos sobre a vida, o universo mágico celta pode nos auxiliar a adquirir mais equilíbrio, tranquilidade, vigor, prosperidade, coragem, amor em nosso dia-a-dia, através de suas antigas práticas de magia com elementos da natureza. A natureza está aí: é só acionar a sua energia.

O povo era dividido em tribos que tinham o seu rei, o seu druid. Para o celta, a mulher era especial, e muito, porque era associada à Mãe Terra. Dentro da sociedade celta, a mulher também dominava a religião. Podia ser uma guerreira e podia escolher o seu parceiro. Quando ela se casava, trazia para o casamento seus bens, e se eles fossem superiores aos do marido, ela se tornava chefe do casal.

 

Levavam sempre em consideração a Roda do Ano (estações), os elementos da natureza, os pontos cardeais, o Sol, a Lua, e valorizavam a energia de tudo o que os rodeava. Eles reconheciam a energia dos elementos da natureza.

 

A terra, o ar, o fogo, e a água são representações e formas diferentes de energia, e a partir desses elementos todas as coisas são formadas. É o que chamamos de energia elemental, seres do mundo espiritual cuja tarefa é dirigir o poder divino para as formas da natureza. As pedras, por exemplo, eram consideradas como as energias espirituais mais antigas da Terra, e guardavam ensinamentos profundos, que eram revelados quando eram reverenciadas. Toda a Bretanha, Irlanda e Grã-Bretanha possuem pedras verticais espalhadas por diversas regiões, com tamanhos diversos.

Diferenças e semelhanças entre Wicca e Druidismo

 

Mesmo hoje em dia, com o druidismo cada vez mais difundido no cenário pagão, algumas pessoas ainda confundem essa religião com outra religião pagã bem popular, a wicca. Essa confusão se dá principalmente pelo fato de ambas apresentarem elementos celtas em sua filosofia. No entanto, apesar de seus praticantes conviverem em harmonia e não raramente dividirem um espaço sagrado ou um ritual, as duas religiões são bem diferentes entre si.

 

Wicca deriva de witchraft, ou “wiccian”, ou seja, bruxaria. Crê-se que o termo se consolidou com a publicação das obras de Aleister Crowley (1875-1947) e Gerald Gardner (1884-1964) entre 1930 e 1940. Houve uma popularização na década de 50 nos Estados Unidos e, em 1970, obteve grande impacto social junto à cultura hippie através de Alexander Sanders (1926-1988).

 

Os wiccanos reverenciam uma Deusa única manifesta sob diferentes formas, nomes e atributos. É considerada uma religião de princípio monista, culto dualista, crença politeísta e faz parte do ressurgimento atual do movimento neopagão. Sua proposta é a harmonia e o respeito a todas as formas de vida. Assim, criou espaço para uma ecologia sagrada e o diálogo inter-religioso com outras formas de espiritualidade. Origens da Wicca: A Wicca chega até nós através de Gerald Gardner e foi reconhecida em 1986 com religião. Gerald Gardner fazia parte da Ancient Order of Druids juntamente com Ross Nichols. Quando este último surge com novos estudos sobre a origem do druidismo, Gardner decide criar a nova religião Wicca. Acredita-se ter por volta de 800 mil adeptos nos Estados Unidos e Grã Bretanha. No Brasil, estima-se que existam 50 mil adeptos, cuja concentração reside em São Paulo e Brasília. Ela também pode ser vista como a religião da ecologia cujo objetivo é a harmonização com a natureza e a própria vida.

Wicca, no seu credo moderno e na sua estrutura ritual, lembra muito fortemente uma versão descristianizada da Ordem da Aurora Dourada (Golden Dawn), com muitas adições thelêmicas e teosóficas, assim como materiais obviamente emprestados de Aleister Crowley e da OTO. Todas essas fontes, e as personalidades envolvidas, floresceram na revivificação do ocultismo da primeira metade do século vinte e é do meio do século vinte que a Wicca data. A Wicca reivindica "descender espiritualmente" das antigas religiões pagãs, mas o fato é o de que a sua estrutura ritual e a sua teologia não sustentam quase nenhuma semelhança com nenhuma cultura nativa pagã autêntica da Europa.

A Bruxaria Tradicional, por outro lado, refere-se às crenças e práticas de famílias e organizações secretas da Arte que antecedem o século vinte. Normalmente, apesar de a doutrina e as práticas da Bruxaria Tradicional terem raízes em tempos muito antigos, o tempo mais longínquo que a maior parte das organizações tradicionais podem se datar com alguma exatidão é o século 17. Entretanto, o folclore e a história do século 11 em diante testemunham práticas similares àquelas transmitidas hoje pelas bruxas tradicionais.

Graças à ignorância de muitas pessoas, os seguidores da Wicca são muitas vezes confundidos com os satanistas, mas a verdade é que os adeptos dessa religião não acreditam no demônio. Aliás, os conceitos do diabo e do inferno fazem parte da teologia cristã e nunca existiu na Wicca, de acordo com o livro "Crenças e Práticas da Wicca".

 

Foi graças a esses sentidos negativos sobre a palavra bruxaria que alguns adeptos da Wicca pararam de referir a si mesmos como bruxos e passaram a receber o nome de wiccanos, de acordo com o livro "Wicca de A a Z". É bom que se saiba que a religião se opõe ao uso de magia prejudicial e desestimula as pessoas a ferir os outros fisicamente ou emocionalmente.Aliás, já ouviu falar na "Lei Tríplice"? Essa é a diretriz ética que os wiccanos acreditam. Ou seja, tudo o que desejamos para uma outra pessoa, hora ou outra, retorna para nós mesmo três vezes mais forte. Portanto, a Wicca prega que devemos desejar sempre o bem para recebermos o mesmo. É o que diz o livro "Espiritualidade Wicca".

 

A O Código Moral é simples e benevolente: “sem prejudicar ninguém, realize a sua vontade“. Ou seja, você é livre para fazer o que quiser, contanto que, de forma alguma, prejudique alguém ou você mesmo. Existem algumas virtudes que devem estar presentes nos seus adeptos: “humildade, compaixão, poder, força, reverência, honra, alegria e beleza”. A natureza wicca se apoia na liberdade de sua consciência.

 Apesar de Gardner ter apresentado a Wicca como "o resgate da religião celta que havia sobrevivido oculta no interior da Inglaterra, transmitida oralmente por famílias de bruxos", sabemos que isso não é verdade: a religião celta é o druidismo.

 

No druidismo não se utiliza o athame, a vassoura e outros instrumentos próprios do ocultismo. Aliás, os rituais e encantamentos druídicos são mais próximos da magia natural, espontânea, do que da magia cerimonial ou da "Alta Magia". Mas, a tradição Wicca possui uma grande carga de elementos que não faziam parte da religião celta.

 

Esses elementos vêm da Magia Ritual, Cabala, tradições da maçonaria e até mesmo da Golden Dawn. Existem boatos de que Crowley, famoso ocultista do século 20, teria “encomendado” ao seu amigo Gardner a criação da Wicca para popularizar a religião Thelêmica, e sabemos que foi através das obras de Gardner que o paganismo foi ressuscitado.

 

O pentagrama, por exemplo, surge como símbolo de paganismo moderno, e não é um símbolo de origem celta. Ele era usado na Mesopotâmia por volta de 3.500 a.C. e, através da cultura judaica da cabala, acabou fazendo parte dos rituais da tradição Wicca. Associado ao planeta Vênus, o pentagrama significa que o homem é o complemento simétrico da natureza. O adepto deve trazê-lo sempre junto a si, como símbolo de sua relação entre o reino visível e invisível dos quatro elementos. Outro exemplo que posso citar é o uso do athame ou punhal nos rituais wiccanos, como canalizadores de energia, fato desconhecido na religião celta.

Ciganos Evorianos

Celtas & Druidas

CERNUNNOS: Um dos mais antigos deuses celtas, Cernunnos tem orelhas e chifres de um cervo. É o senhor dos animais, sendo muitas vezes representado ao lado deles, alimentando-os. Ele tem o poder da mutação, podendo aparecer na forma de cobra, lobo ou cervo. O deus chifrudo é o deus Cornífero, a deidade fálica e corresponde ao princípio masculino, a criatividade intelectual. Pode ser representado como um homem barbado, com os cascos e os chifres de um bode. Esse deus seria a contraparte masculina da imagem da deusa.

BRIGHID (Brígida ou Brigite). Que significa «grandeza». Devido ao fato de as virtudes e dotes de Brígida serem tão variados (era a padroeira da poesia, da fertilidade, da cura e do nascimento), pensou-se que poderia até ser uma variante da Grande Mãe, a divindade Danu. Com a chegada do Cristianismo, muitas das qualidades da deusa foram atribuídas a Santa Brígida. Tanto a deusa celta como a santa cristã estão associadas com a purificação pelo fogo e são quem mantém as chamas acesas.

EPONA: Deusa celta, patrona dos cavalos, mas cujos domínios se entendiam muito além disto,sendo responsável por acompanhar as almas das pessoas após sua morte. Ela era reconhecida em toda a Gália e seu culto chegava até o Danúbio e Roma. Epona foi venerada nas legiões romanas, que estenderam suas homenagens a ela por onde quer que estivessem. Era a única deusa celta que possuía um templo em Roma. Epona sempre é retratada cercada de cavalos. Seu símbolo é a cornucópia (símbolo representativo de fertilidade , riqueza e abundância). O vigor e a força do animal simbolizam o poder e a fertilidade da terra. Arqueólogos acreditam que figuras de cavalos brancos entalhadas em cavernas européias eram dedicadas a Epona. 

TARANIS (ou Tarann ou Taranuo). Era o deus do trovão e mestre do céu da antiga Gália. Cruzava os céus em sua carruagem de prata e o trovão era o ruído que faziam as rodas. Os raios eram produzidos pelas fagulhas que saíam dos cascos dos cavalos. A roda, portanto, foi atribuída a ele.Os romanos acreditavam que ele recebia sacrifícios humanos de seus adoradores. Deriva o seu nome das palavras taran ou toranos, que significam "relâmpago" ou "trovão", e chegou a ser considerado como o deus do fogo. Por isso, também aparecia, às vezes, como uma deidade relacionada com outros elementos essenciais, sobre os quais incidiria como uma espécie de princípio ativo.

MORRIGAN: era a deusa celta da guerra e da morte. Deusa que pode mudar sua forma humana para uma forma animal. Está sempre presente nas guerras e é invocada com os chifres de guerra ou o gralhar dos corvos. Sua função na guerra é difundir a força e a ira entre os soldados. Esta deusa também representa a renovação, a morte que dá lugar a uma nova vida, o amor, e o desejo sexual. A vida e a morte estão muito ligadas no universo celta. Morrighan é virgem, mãe e viúva. Pertence ao grupo dos Tuatha De Danann, os seres mágicos que viveram na Irlanda antes dos irlandeses atuais. Nas guerras, ela se transforma em corvo. É uma deusa completa que forma uma tríade sombria com Badbh e Macha, as três a mesma deusa, com características diferentes em cada manifestação. Também está relacionada à deusa Dana, "a Grande Mãe".

Nós não estamos sozinhos no mundo. Não estamos isolados no aqui e agora. Cada um de nós está interligado ao seu passado e futuro. Somos frutos de nossos antepassados, pais de nossos pais e mães de nossas mães, e também resultados das escolhas que tomamos em cada passo de nossas vidas. Na cultura celta e no druidismo hoje, um dos mais importantes ensinamentos se refere às ancestralidades. As três grandes famílias são formadas pelos espíritos da natureza, os antepassados e os deuses, que estão relacionadas aos Três Mundos, Terra, Mar e Céu, mas não estão limitados a apenas um deles. 

LUGH: A idéia de que os guardiões protegiam e defendiam o Planeta Terra, com certeza veio dos pensamentos celtas, pois fica explicito nos estudos que procedem do deus Sol, Lugh.Lugh é um Deus Celta, representado em muitas Lendas Irlandesas, como sendo o triunfo da Luz sobre a Escuridão. Ele é o Guardião legítimo da Lança Mágica de Glorias e era particularmente associado ao uso da funda (arma feita de pele de animal com a qual se lançam pedras). Lugh é um Deus que está presente em todos os Panteões Celtas. As Histórias e mitos sobre ele diferem em cada região onde é reverenciado de inúmeras formas e através de diferentes ritos. Principalmente conhecido como Deus do Sol, Lugh também é um Deus Guerreiro, da Medicina, Druida, Bardo, Ferreiro, Cervejeiro, entre outras coisas. As suas armas sagradas em todas as tradições são a funda e a lança.

O SAMHAIM - Origem do Halloween

 

Samhaim (em irlandês Samhain, gaélico escocês Samhuinn, manês Sauin e em gaulês Samonios) era o festival em que se comemora a passagem do ano dos celtas. Marca o fim do ano velho e o começo do ano novo. O Samhain inicia o inverno, uma das duas estações do ano dos celtas. O início da outra estação, o verão, é celebrado no festival de Beltane. Este festival, Samhain, é chamado de Samonios na Gália. Segundo alguns autores, grande parte da tradição do Halloween, do Dia de Todos-os-Santos e do Dia dos fiéis defuntos pode ser associada ao Samhaim. O Samhaim era a época em que acreditava-se que as almas dos mortos retornavam a suas casas para visitar os familiares, para buscar alimento e se aquecerem no fogo da lareira. Alguns autores acham que não existe nenhuma evidência que relacione o Samahin com o culto dos mortos e que esta crença se popularizou no século XIX. Segundo o relato das antigas sagas o Samhain era a época em que as tribos pagavam tributo se tivessem sido conquistadas por outro povo.

UMA RELIGIÃO DA NATUREZA – Para os celtas, os deuses não estavam na natureza – eles eram  a própria natureza. Assim, Lyr não era o deus do mar, mas o próprio mar, em toda a sua essência, generosidade e força. Dana era a própria terra, as fontes de água, a Mãe. Inúmeros outros deuses-sol, lua, fogo, etc. eram cultuados.O próprio solo onde a tribo vivia era sagrado – deuses, antepassados e espíritos elementais habitavam árvores, pedras, águas. Por isso mesmo, os druidas não construíam templos: preferiam realizar seus ritos em clareiras nas florestas, em pântanos e à beira de rios e lagos.  As terras pertenciam ao clã (à tribo) e não ao rei (chefe tribal). Este apenas administrava o território, além de comandar os guerreiros. Como tudo na natureza possui um ciclo de vida, morte e renascimento, os celtas acreditavam que a alma renascia em outros corpos – algo parecido com o que hoje chamamos de reencarnação.

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